Interrupções voluntárias de gravidez no Hospital Universitário de Uruguay: Relatório de Situação 2019-2020
Relatório de Situação 2019-2020.
Resumo
Objetivo: O objetivo deste estudo é conhecer a situação dos processos das usuárias que compareceram à policlínica de interrupção voluntária da gravidez do Hospital de Clínicas no período de agosto de 2019 a agosto de 2020.
Metodologia e materiais: estudo descritivo e retrospectivo, baseado na entrevista clínica de saúde mental e em formulário de uso interno utilizado para levantamento do processo de tomada de decisão. Numa amostra de 78 usuárias foram analisadas variáveis sociodemográficas, obstétricas e ginecológicas associadas ao processo de descontinuação, histórico psicológico e/ou psiquiátrico e motivos de descontinuação.
Resultados: a idade média é de 25 anos, a maioria vive em casal e completou o ciclo educativo básico. A idade gestacional média foi de 7,36 semanas. 81% das mulheres não realizaram IVE. 65,4% das mulheres não têm antecedentes psicológicos e/ou psiquiátricos. Não há relação significativa entre ter realizado EIV anteriormente e ter antecedentes psicológicos e/ou psiquiátricos, 78,2% faziam uso de anticoncepcional.
Conclusões: a interrupção da gravidez é uma situação estressante de vida para quem passa por ela, pois se deparam com múltiplos motivos que influenciam na decisão de interrompê-la. Infere-se que a realização de um ou mais procedimentos de IVE não está necessariamente relacionada a ter histórico psicopatológico, ou vivenciar psicopatologia na realização do processo. É pertinente promover cuidados centrados no paciente, integrando a perspectiva de gênero e direitos humanos, melhorar os processos de cuidados e aconselhamento sobre saúde mental, sexual e reprodutiva dos utentes e dos seus acompanhantes.
Downloads
Referências
IMPO. Ley Nº 18.426. Defensa del Derecho a la Salud Sexual y Reproductiva. Registro Nacional de Leyes y Decretos. Montevideo: Poder Legislativo, 2008 [consultado en marzo 2023]. Disponible en: https://www.impo.com.uy/bases/leyes/18426-2008
Briozzo L, Troitiño LG, Alondra Tarigo A., et al. Integrando los derechos sexuales y reproductivos en la clínica desde el compromiso profesional de conciencia derechos sexuales en la práctica clínica, UNPFA. Montevideo,
ISBN: 978-9915-40-102-7 [consultado en marzo 2023]. Disponible en: https://uruguay.unfpa.org/sites/default/files/pubpdf/integrando_derechos_a_la_practica_clinica.pdf
IMPO. Ley N° 18987. Ley Sobre Interrupción Voluntaria del Embarazo. Ley de Aborto. Reglamentada por: Decreto Nº 375/012 de 22/11/2012. Registro Nacional de LeyesDecretos. Montevideo: Poder Legislativo, 2012.
[consultado en marzo 2023] Disponible en: https://www.impo.com.uy/bases/leyes/18987-2012
MSP. Manual de procedimientos para el manejo sanitario de la interrupción voluntaria del embarazo (IVE): según Ley 18987 del 17.10.2012. 2da. Edición Corregida 2016 .Montevideo. [consultado en
marzo 2023]. Disponible en https://www.gub.uy/ministerio-saludpublica/sites/ministerio-salud-publica
Lazarus, R y Folkman, S. Coping and adaptation. The handbook of behavioral medicine. Ed, W. D. Gentry. Nueva York, 1984. (pp. 282-325).
Major B, Appelbaum M, Beckman L, et al. Abortion and mental health: Evaluating the evidence. Am Psychol. 2009 Dec;64(9):863-90. [consultado en marzo 2023]. Disponible en: doi: 10.1037/a0017497. PMID: 19968372.
Bentancor A, Hernández AL, Godoy Y, et al. Informe del procedimiento de interrupción voluntaria del embarazo en un hospital universitario del Uruguay. Rev Saude Pública. 2016;50(0).[consultado en marzo 2023].
Disponible en: http://dx.doi.org/10.1590/s1518-8787.2016050006001
Rey Grazzia, Curi Laura, Rodríguez Christians. Evaluación de la experiencia de la implantación de la ley de interrupción voluntaria del embarazo en el Hospital de Clínicas. Anfamed. 2019.; 6( 2 ): 45-50. [consultado marzo 2023] Disponible en: http://www.scielo.edu.uy/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2301-12542019000200045&lng=es. https://doi.org/10.25184/anfamed2019v6n2a3
Danet Danet A. Experiencias emocionales en la interrupción voluntaria del embarazo. Gac Sanit 2021;35(4):361–73.[consultado en marzo 2023]. Disponible en: http://dx.doi.org/10.1016/j.gaceta.2020.02.006
Gurpegui M, Jurado D. Complicaciones psiquiátricas del aborto. Cuad Bioet 2009;XX(3):381-92. [consultado en marzo 2023]. Disponible en: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=87512342006
Agencia de Gobierno Electrónico y Sociedad de la Información y del Conocimiento. Guía sobre anonimización de datos.Tecnologías de la Información Versión 0.8. 2020 [consultado en marzo de 2023]. Disponible
Ministerio de Salud Pública. Dirección General de la Salud Área Programática Salud sexual y reproductiva. Informe sobre interrupción voluntaria del embarazo (IVE) en Uruguay 2013-2022. 2023. [consultado en
noviembre de 2023]. Disponible en: https://www.gub.uy/ministerio-saludpublica/comunicacion/publicaciones/informe-sobre-interrupcion-voluntariadel-embarazo-ive-uruguay-2013-2022
Copyright (c) 2024 Mariana Genta Rossi, Verónica Groppo, Ana Inés Galain, Cristhians Rodríguez

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores mantêm seus direitos autorais e cedem à revista o direito de primeira publicação de seu trabalho, que estará simultaneamente sujeito à Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional. que permite a partilha do trabalho desde que seja indicada a publicação inicial nesta revista.