Sobrevivência de câncer glótico em estágio inicialem 4 hospitais uruguaios

Palavras-chave: câncer glótico, sobrevivência, radioterapia

Resumo

Introdução: O câncer de laringe é o tumor maligno mais prevalente na Otorrinolaringologia. A topografia glótica é a mais frequente no Uruguai e geralmente é detectada em estágios iniciais devido à manifestação precoce e sustentada da disfonia. O objetivo deste estudo é analisar a sobrevida livre de doença (DFS) e a sobrevida global (OS) de pacientes com câncer de laringe glótico estágio T1N0M0 em 4 instituições em Montevidéu. 

Metodologia: Foram analisados retrospectivamente o OS e DFS de 55 pacientes diagnosticados com câncer glóticoT1 entre 2009 e 2019. O método de Kaplan-Meier foi usado para calcular a sobrevida.
Resultados: Na amostra, a sobrevida global (OS) do câncer glótico T1N0M0 foi em média de 7.706 anos (IC 95% 6,63 - 8,78). Aos 5 anos, a OS foi de 77,5% (± 7%) e 62% (± 9,8%) aos 10 anos. A DFS para todos os pacientes correspondeu a 74,6% (± 7,5%) e 63,1% (± 9,8%), aos 5 e 10 anos, respectivamente. As medianas de OS e DFS para os grupos não foram alcançadas.
Conclusões: OS e DFS em nosso ambiente é comparável ao relatado na literatura internacional. As medianas de SG e SLD não foram alcançadas, pelo que se pode afirmar que esta doença apresenta, quando realizado tratamento adequado, um bom prognóstico vital aos 10 anos. É necessário um acompanhamento mais longo para determinar a mediana da SG e da SLD dos grupos de estudo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Megwalu UC, Panossian H. Survival Outcomes in Early Stage Laryngeal Cancer. Anticancer Res. 2016;36(6):2903-2907.

Escajadillo J. Oídos, nariz, garganta y cirugía de cabeza y cuello. 2ª ed. México, El Manual Moderno, 2002.

Baird BJ, Sung CK, Beadle BM, Divi V. Treatment of early-stage laryngeal cancer: A comparison of treatment options. Oral Oncol. 2018;87:8-16. doi:10.1016/j.oraloncology.2018.09.012

De Stefani E, Boffetta P, Deneo-Pellegrini H, et al. Supraglottic and glottic carcinomas: epidemiologically distinct entities?. Int J Cancer. 2004;112(6):1065-1071. doi:10.1002/ijc.20501

De Stefani E, Boffetta P, Ronco AL, Deneo-Pellegrini H, Acosta G, Mendilaharsu M. Dietary patterns and risk of laryngeal cancer: an exploratory factor analysis in Uruguayan men. Int J Cancer. 2007;121(5):1086-1091. doi:10.1002/ijc.22765

Zbären P, Nuyens M, Curschmann J, Stauffer E. Histologic characteristics and tumor spread of recurrent glottic carcinoma: analysis on whole-organ sections and comparison with tumor spread of primary glottic carcinomas. Head Neck. 2007;29(1):26-32. doi:10.1002/hed.20502

Barrios E, Garau M, Alonso R, Musetti C. V Atlas de Incidencia del Cáncer en el Uruguay. Periodo 2012-2016 (Internet). Montevideo: Comisión Honoraria de Lucha Contra el Cáncer , 2020. Disponible en: https://www.comisioncancer.org.uy/Ocultas/V-Atlas-de-Incidencia-del-Cancer-enel- Uruguay-Periodo-2012-2016-uc250. Citado el 16/01/2021.

Guimarães AV, Dedivitis RA, Matos LL, Aires FT, Cernea CR. Comparison between transoral laser surgery and radiotherapy in the treatment of early glottic cancer: A systematic review and meta-analysis. Sci Rep. 2018;8(1):11900. doi:10.1038/s41598-018-30218-x

Uruguay. Poder Judicial. Decreto de Ley Nº 379/008. Investigaciones con seres humanos. Diario Oficial nº 27547 (14 agosto 2008):415-A

Uruguay. Poder Judicial. Ley No 18.331. Protección de datos personales y acción de "Habeas Data". Diario Oficial nº 27549 (18 agosto 2008):437-A.

Cellai E, Frata P, Magrini SM, et al. Radical radiotherapy for early glottic cancer: Results in a series of 1087 patients from two Italian radiation oncology centers. I. The case of T1N0 disease. Int J Radiat Oncol Biol Phys. 2005; 63(5):1378-1386. doi:10.1016/j.ijrobp.2005.05.018

Canis M, IhlerF, Martin A, Matthias C, Steiner W. Transoral lasermicrosurgery for T1a glottic cancer: review of 404 cases. Head Neck. 2015; 37(6):889-895. doi:10.1002/hed.23688

Adeel M, Faisal M, Rashid A, et al. Outcomes of definitive radiotherapy for early laryngeal cancer in terms of survival and patterns of failure. J Laryngol Otol. 2019; 133(12):1087-1091. doi:10.1017/S0022215119002433

Al-Mamgani A, van Rooij PH, Woutersen DP, et al. Radiotherapy for T1-2N0 glottic cancer: a multivariate analysis of predictive factors for the longterm outcome in 1050 patients and a prospective assessment of quality of

life and voice handicap index in a subset of 233 patients. Clin Otolaryngol. 2013; 38(4):306-312. doi:10.1111/coa.12139

Warner L, Chudasama J, Kelly CG, et al. Radiotherapy versus open surgery versus endolaryngeal surgery (with or without laser) for early laryngeal squamous cell cancer. Cochrane Database Syst Rev. 2014;2014(12):CD002027. Doi:10.1002/14651858.CD002027.pub2

Cheraghlou S, Kuo P, Judson BL. Treatment delay and facility case volume are associated with survival in early-stage glottic cancer. Laryngoscope. 2017; 127(3):616-622. doi:10.1002/lary.26259

Chen AY, Pavluck A, Halpern M, Ward E. Impact of treating facilities' volume on survival for early-stage laryngeal cancer. Head Neck. 2009;31(9):1137-1143. doi:10.1002/hed.21072

Porras Alonso E, Vilaseca González I, García Teno M, et al. Tumores glóticos precoces con afectación de la comisura anterior. Revisión bibliográfica y documento de consenso. Comisión de cabeza y cuello y base de cráneo. SEORL-CCC. Acta Otorrinolaringológica Española 2020. doi:10.1016/ j.otorri.2020.02.008

Publicado
2024-03-20
Como Citar
Della Santa, M. V., Lorenzo, F., Rivero rivero, M., Munyo, A., Ferrer, J., Mendoza, I., Borche, G., D´AlboraR., Notejane, A., & Ronco, Álvero. (2024). Sobrevivência de câncer glótico em estágio inicialem 4 hospitais uruguaios. Anales De La Facultad De Medicina, 11(1), e203. https://doi.org/10.25184/anfamed2024v11n1a5
Seção
Artículos originales