Febre reumática aguda:

uma doença reemergente

Palavras-chave: Febre reumática, Streptococcus pyogenes,, crianças

Resumo

Introdução: A febre reumática aguda (FRA) é uma complicação não supurativa da infecção por Streptococcus pyogenes (SP). No Uruguai, o aumento da circulação de SP tem determinado o aparecimento de casos de FRA. 
Objetivo: Descrever o caso clínico de uma patologia que requer um alto índice de suspeição para o diagnóstico. 
Caso clínico: Paciente do sexo masculino, 2 anos. Consulta devido a edema e dor no joelho e cotovelo direitos com 24 horas de evolução. Febre de 39,6 ºC axilar no dia anterior. Nega traumatismos. Rinofaringite febril três semanas antes, recebeu amoxicilina a cada 8 horas de forma irregular.
Exame físico: edema e calor no joelho direito, sem rubor. Dor à flexoextensão do cotovelo direito, sem sinais de derrame articular. Hemoglobina 7,7 g/dl (anemia normocítica, normocrômica), leucócitos 11.800/mm³, plaquetas 567.000/mm³. Proteína C reativa 58,5 mg/L. VHS 75 mm/h. Ultrassonografia do joelho: líquido subquadricipital de 24 mm de espessura. Artrocentese: aspecto turvo, amarelado,
sedimento abundante e esbranquiçado, LDH 267 U/I. Glicose 0,71 g/L. Internado em cuidados moderados com clindamicina intravenosa.
Persistência de sinais inflamatórios no joelho, sem alterações no cotovelo. Culturas do líquido sinovial, hemocultura e cultura de orofaringe: sem crescimento bacteriano. Anticorpos antiestreptolisina O (ASLO) 10.800 UI/ml. Eletrocardiograma, ecocardiograma e radiografia de tórax normais. Diagnóstico de febre reumática considerado e iniciado tratamento com ácido acetilsalicílico (AAS) e penicilina benzatina
intramuscular. Resolução completa da artrite. Alta com AAS e profilaxia mensal com penicilina benzatina intramuscular.
Discussão: O diagnóstico de FRA foi estabelecido com base nos altos valores de ASLO, associados a um critério maior (poliartrite) e dois menores (febre, PCR/VHS elevados). No contexto epidemiológico atual, é essencial suspeitar de FRA, o que facilitará o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Mosquera J, Antón J. Fiebre reumática y artritis posestreptocócica. Protoc diagn ter pediatr. 2020;2:295-309. Disponible en: https://www.aeped.es/sites/default/files/documentos/26_fiebre_reumatica.pdf

Webb RH, Grant C, Harnden A. Acute rheumatic fever. BMJ. 2015;351:h3443. doi: 10.1136/bmj.h3443. PMID: 26175053.

Antón J, Mosquera J. Rheumatic fever and post-streptococcal reactive arthritis. Pediatr Integr. 2017;21(3):196-206. Disponible en:

https://www.pediatriaintegral.es/publicacion-2017-04/fiebre-reumatica-yartritis-reactiva-post-estreptococica-2/

Juy E, Céspedes E, Rubal A, Columbié A, Mengana E. Characterization of the children population with acute articular rheumatism. MEDISAN. 2010;14(2):147 Disponible en:

http://scielo.sld.cu/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1029-30192010000200003&lang=es

de Loizaga SR, Beaton AZ. Rheumatic Fever and Rheumatic Heart Disease in the United States. Pediatr Ann. Mar;50(3):e98-e104. doi: 10.3928/19382359-20210221-01. Epub 2021 Mar 1. PMID: 34038651.

Hu Y, Tong Z, Huang X, Qin JJ, Lin L, Lei F, Wang W, Liu W, Sun T, Cai J, She ZG, Li H. The projections of global and regional rheumatic heart disease burden from 2020 to 2030. Front Cardiovasc Med. 2022 Oct 18;9:941917.

doi: 10.3389/fcvm.2022.941917. PMID: 36330016; PMCID: PMC9622772.

Nussinovitch M., Finkelstein Y., Amir J, Varsano I. Faringitis estreptocócica beta-hemolítica del grupo A en niños preescolares de 3 meses a 5 años. Pediatría Clínica. 1999;38(6):357–360. Disponible en https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/10378093/

Esposito S, Bianchini S, Fastiggi M, Fumagalli M, Andreozzi L, Rigante D. Geoepidemiological hints about Streptococcus pyogenes strains in relationship with acute rheumatic fever. Autoimmun Rev. 2015;14:616-621.

Disponible en: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25772310/

Martin W, Steer A, Smeesters P, Keeble J, Inouye M, Carapetis J et al. Post-infectious group A streptococcal autoimmune syndromes and the heart. Autoimmun Rev. 2015;14(8):710-25. doi: 10.1016/j.autrev.2015.04.005. Epub 2015 Apr 17. PMID: 25891492.

Carceller-Blanchard A. Fiebre reumática aguda.. An Pediatr (Barc). 2007;67(1):1-4. Spanish. doi: 10.1157/13108069. PMID: 17663898.

David W. Kimberlin. Michael T. Brandy. Mary Anne Jackson. Sarah S. Long. Red book, enfermedades infecciosas en pediatría. 31 ed. Madrid: Editorial medica panamericana, 2019

Burke RJ, Chang C. Diagnostic criteria of acute rheumatic fever. Autoimmun Rev. 2014;13: 503-507. Disponible en: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1568997214000482?via%3Dihub

Oliver J, Malliya E, Pierse N, Moreland N, Williamson D, Baker M. Group A Streptococcus pharyngitis and pharyngeal carriage: A meta-analysis. PLoS Negl Trop Dis. 2018;12(3): e0006335. doi:

1371/journal.pntd.0006335. PMID: 29554121; PMCID: PMC5875889.

Essop MR, Peters F. Contemporary issues in rheumatic fever and chronic rheumatic heart disease. Circulation. 2014;130(24):2181-2188. Disponible en: https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIRCULATIONAHA.114.009857

De Gier B, Marchal N, De Beer-Schuurman I, Te M, Hooiveld M. Increase in invasive group A streptococcal (Streptococcus pyogenes) infections (iGAS) in young children in the Netherlands, 2022. Euro Surveill. 2023;28(1):2200941. Disponible en: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/36695447/

Sociedad Uruguaya de Pediatría. Sobre las infecciones por estreptococo en niños, niñas y adolescentes. 12/12/2022. Disponible en: https://www.sup.org.uy/2022/12/12/sobre-las-infeccionespor-estreptococo-en-ninos-ninas-y-adolescentes/

Organización Panamericana de la Salud / Organización Mundial de la Salud. Nota informativa: casos de enfermedades causadas por estreptococos del grupo A en Uruguay. 19 de diciembre de 2022, Washington, D.C.:

OPS/OMS; 2022. Disponible en: https://www.paho.org/es/file/121228/download?token=e0UndqDA

Publicado
2025-03-25
Como Citar
Macedo, C., Casuriaga, A., & GIACHETTO, G. (2025). Febre reumática aguda:: uma doença reemergente. Anales De La Facultad De Medicina, 12(1), e402. https://doi.org/10.25184/anfamed2025v12n1a11