Abcessos residuais na apendicite aguda. Comparação entre laparotômico vs. laparoscópico
Resumo
A apendicite aguda é a emergência cirúrgica mais freqüente, com uma incidência de 17 pacientes/1.000
habitantes.
Com o advento da laparoscopia, uma nova abordagem mini-invasiva surgiu para o tratamento da apendicite
aguda.
Isto têm demonstrado algumas vantagens, como menor dor pós-operatória, incisões menores, menor
hospitalização e restabelecimento mais rápido as atividades diárias e ao trabalho, assim como infecções menos
freqüentes ao nível da ferida cirúrgica. No entanto, também foi associado a um aumento na freqüência de
abscessos residuais intra-abdominais.
Foram analisados retrospectivamente todos os pacientes operados no Hospital Maciel de Montevidéu,
submetidos a uma apendicectomia desde o dia 01 de Junho de 2013 a 30 de Junho de 2016, tanto por abordagem
laparoscópica como laparotomica.
Destes, 235 (55%) eram homens e 191 (45%) mulheres. A idade média foi de 32,6 com intervalo de 15 anos
a 96 anos de idade.
128 pacientes apresentaram apendicite edematosa (30%), 157 apendicite flemonosa (36,9%) 76 pacientes
apendicite gangrenosa (17,8%) 37 pacientes abscesso ou plastrão (8,7%) e peritonite em 28 pacientes (6,6% )
Quanto à abordagem, foram realizadas 287 apendicectomias por via laparoscópica (67,4%) e 139 foram
abordadas por laparotomia (32,6%).
Os abscessos residuais representam 3,28% do total, não havendo diferenças significativas entre as diferentes
abordagens. A grande maioria desses abscessos residuais pode ser tratada apenas com antibioticoterapia.
A taxa de conversão foi de 8,7%
Nenhuma lesão visceral foi observada com a abordagem laparoscópica nesta série.
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Copyright (c) 2021 María Cecilia Laguzzi, Florencia Rodríguez, Juan Martín Costa, Javier Chinelli, Julio Rappa, Julio Trostchansky, Pablo Valsangiacomo, Gustavo Rodríguez Temesio

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