Infecção pelo vírus Epstein Barr e início de lúpus eritematoso sistêmico (LES) em adolescente

  • Sofía García ORCID: 0000-0002-3402-3257
  • Marcos Delfino ORCID: 0000-0003-0910-1935
  • Rodrigo Suárez ORCID: 0000-0003-1018-9225
  • Stella Gutiérrez ORCID: 0000-0001-7529-788X
Palavras-chave: Medicina do adolescente, anemia hemolítica, mononucleose infecciosa, lúpus eritematoso sistêmico

Resumo

Introdução: O lúpus eritematoso sistêmico (LES), protótipo
de doença autoimune, evolui com impulsos e remissões. Dada
a diversidade de apresentações possíveis, seu diagnóstico e
tratamento são um desafio para o clínico, sendo necessário um alto
índice de suspeição.
Objetivo: apresentar o caso clínico de uma adolescente que
iniciou com LES na forma de anemia hemolítica, provavelmente
desencadeada por infecção pelo vírus Epstein Barr.
Caso clínico: Homem de 14 anos, sem antecedentes a destacar.
Consulta por febre de 7 dias de evolução de até 39º C, odinofagia,
astenia e adinamia. O exame físico revelou palidez cutânea
mucosa, icterícia, linfadenopatia cervical e hepatoesplenomegalia.
O laboratório mostra anemia regenerativa grave com aumento da
bilirrubina em detrimento da indireta sem hepatite. Teste de Coombs
positivo. Anticorpos específicos para Epstein Barr foram positivos,
com o qual foi diagnosticada anemia hemolítica secundária à
mononucleose e iniciado tratamento com corticosteróides. Na
evolução, acrescenta eritema malar e limitação na flexão dos
cotovelos e joelhos. Anticorpos antinucleares e anti-DNA nativos
positivos são recebidos com hipocomplementemia grave. Com
diagnóstico de LES, iniciou-se hidroxicloroquina e azatioprina,
mantendo-se prednisona.
Conclusões: Muitos vírus (hepatite C, Parvovírus B19, Epstein Barr
e Citomegalovírus) têm sido descritos como possíveis indutores
ou mimetizadores do LES. É necessário manter um alto índice de
suspeição para diagnóstico oportuno e tratamento precoce.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sofía García , ORCID: 0000-0002-3402-3257
  • Doctora en Medicina. Ex Residente de Pediatría del CASMU IAMPP, Montevideo, Uruguay.
Marcos Delfino, ORCID: 0000-0003-0910-1935
  • Profesor Adjunto de Clínica Pediátrica de la Universidad de la República, Uruguay. Infectología Pediátrica. Pediatra en CASMU IAMPP, Montevideo, Uruguay.  
Rodrigo Suárez, ORCID: 0000-0003-1018-9225

Pediatra. Reumatología pediátrica en CASMU IAMPP, Montevideo, Uruguay.

Stella Gutiérrez, ORCID: 0000-0001-7529-788X

Ex Profesora Agregada de Clínica Pediátrica de la Universidad de la República, Uruguay. Infectología Pediátrica. Jefe del Departamento de Pediatría de CASMU IAMPP, Montevideo, Uruguay.

Referências

1) Espada G, Malagón C, Rosé C. Manual práctico de reumatología pediátrica.2006,197-212.
2) Aringer M, Costenbader K, Daikh D. 2019 European League Against Rheumatism/American College of Rheumatology Classification Criteria for Systemic Lupus Erythematosus.2019.Vol 7 (9): 1400-1412.
3) Petri M, Orbai AM, Alarcón GS, et al. Derivation and validation of the Systemic Lupus International Collaborating Clinics classification criteria for systemic lupus erythematosus. Arthritis Rheum. 2012 Aug;64(8):2677-86.
4) Pons-Estel BA, Bonfa E, Soriano ER, et al. Primera Guía latinoamericana de práctica clínica para el tratamiento del Lupus eritemastoso sistémico:Grupo Latino-Americano de Estudio del Lupus (GLADEL)-Liga Panamericana de Asociaciones de Reumatología(PANLAR),2018
5) Stichweh D, Pascual V. Lupus eritematoso sistémico pediátrico. Anales de pediatría. 2015;63(4):321-9
6) Silva CA. Childhood onset sistemyc lupus erithematosus: early disease manifestations that the pediatrician must know. Expert review of clinical inmumology. 2016.12:9,907-910.
7) Sánchez N, Zubicaray J, Sebastián E, et al. Anemia hemolítica autoinmune: revisión de casos. An pediatric (Barc)2020.
8) González H. Anemias hemolíticas en la infancia.Pediatría Integral.2012,XVI(5): 378-386.
9) Ortíz JR, Mendez M, García L, et al. Anemia hemolítica autoinmunitaria.Un reto diagnóstico y terapéutico.Rev hematol Mex. 2017.(4): 168-176.
10) Mejía M. Anemias hemolíticas autoinmunes. Rev.Med Inst Mex Seguro Soc.2005; 43(Supl 1): 25-28.
11) Vera VS, Chavez N, Lizardi J, et al. Mononucleosis infecciosa.2003. 10:2 76-88.
12) Fadeyi E, Simmons J, Jones M, et al. Fatal autoinmune hemolytic anemia due to inmunoglobulin G autoantibody exacerbated by Epstein barr virus.2015; 46: 12-59
13) García A, Villegas A, Gonzalez F. Manifestaciones hematológicas del lupus eritematoso sistémico. 2002, 19:534-543.
14) Ramos-Casales M, Brito Zerón M.P, Gil.V, et.al. Las infecciones virales como simuladoras de un lupus eritematoso sitémico. Med Integral 2003; 41(1): 25-33.
15) Draborg AH, Duus K, Houen G. Epstein-Barr Virus and Systemic Lupus Erythematosus. Clin Dev Immunol. 2012; Article ID 370516.
Publicado
2022-11-11
Como Citar
García , S., Delfino, M., Suárez, R., & Gutiérrez, S. (2022). Infecção pelo vírus Epstein Barr e início de lúpus eritematoso sistêmico (LES) em adolescente. Anales De La Facultad De Medicina, 9(2). https://doi.org/10.25184/anfamed2022v9n2a7