CONSOLIDAÇÃO DAS MURALHAS DE TAIPA NO CASTELO DE REINA

  • Carlos Miguel Rocha

Resumen

A intervenção no património construído com terra crua levanta questões de diversa índole, que não são de resposta fácil, sobretudo quando trabalhamos com taipa. Desde os projectistas, passando pelas instituições da administração pública até às empresas de construção, encontramos um débil conhecimento não só daquela técnica construtiva mas também da forma como levar a cabo a salvaguarda deste tipo de património. As particularidades de que se reveste são tantas, que dificilmente se enquadra dentro dos parâmetros de desenho/projecto dos gabinetes de arquitectura, dentro dos recursos e meios das instituições de gestão do património, nem dentro das capacidades técnicas das empresas. Dado que manejamos débeis testemunhos do passado, erigidos com uma técnica que não faz parte das práticas construtivas que hoje em dia dispomos, reveste-se de especial importância a divulgação dos trabalhos que actualmente se vão fazendo nesta área. Assim, pretende-se deixar aqui mais um contributo, este a partir da perspectiva do trabalho de uma empresa, numa obra concreta, em que os papéis dos diferentes intervenientes nem sempre corresponderam aos habituais. O castelo de Reina situa-se em Espanha, na zona sul da região da Extremadura, ao lado da via que liga Badajoz a Córdova, onde começam os primeiros montes da Serra Morena. Promovidas pelo Conselho de Cultura da Junta de Extremadura, em Novembro de 2002 deu-se início às obras de consolidação das suas muralhas de taipa, cujo plano compreendia a execução de cinco fases. A primeira, pelo facto de se haverem esgotado as verbas, foi interrompida em Julho de 2003, vindo a ser terminada durante os meses de Maio e Junho do ano seguinte. Presentemente a obra encontra-se parada, à espera da disponibilidade de novo financiamento, que se prevê para finais deste ano, tendo sido já lançado o concurso público para adjudicação da segunda fase. Algumas das soluções postas em prática na primeira fase, para resolver as questões técnicas que se colocavam, são agora avaliadas, passados dois anos da sua execução.

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Publicado
2005-10-12
Cómo citar este artículo
Rocha, C. M. (2005). CONSOLIDAÇÃO DAS MURALHAS DE TAIPA NO CASTELO DE REINA. Memorias Del Seminario Iberoamericano De Arquitectura Y Construcción Con Tierra - SIACOT, (4). Recuperado a partir de https://revistas.udelar.edu.uy/OJS/index.php/msiacot/article/view/2037