DAS PALAFITAS AO RISCO DE EROSÃO COSTEIRA: UM PANORAMA NATURAL, HISTÓRICO E POLÍTICO DOS CONFLITOS AMBIENTAIS EM AGUAS DULCES (URUGUAI)

  • G.S Mota Universidade Federal do Rio Grande
  • Cesar Goso
  • J.L Nicolodi
Palabras clave: Ordenamento Territorial, Gestão Ambiental, Gerenciamento Costeiro, Risco de Desastres

Resumen

Com o objetivo de caracterizar as áreas de risco de erosão costeira do balneário Aguas Dulces,  Departamento de Rocha/Uruguai, e compreender as origens da situação de vulnerabilidade foi  desenvolvida uma análise sistêmica (predominantemente qualitativa) de aspectos naturais,  históricos e políticos condicionantes de sua gênese. Para compor este trabalho-síntese, utilizou-se  de pesquisa histórica acerca da evolução da localidade, análise crítica de normativas relacionadas  ao uso da terra e a caracterização da área exposta à ameaça contemplando elementos vulneráveis,  danos possíveis e a distribuição das estratégias de proteção costeira empregadas. Centenário  em sua história e com décadas de convivência com a erosão costeira registrada na memória  da comunidade, a ocupação próximo da costa tem sua origem relacionada com mudanças  culturais internacionais e um processo de apropriação da paisagem que desenvolveu-se por  todo século XX. Sob um modelo de ordenamento territorial que inicialmente pouco considerou a  dinâmica natural em sua proposta, a consolidação dos atuais confitos ambientais manifesta-se  como resultado de escolhas históricas e políticas sobre um ambiente intensamente responsivo.  Neste contexto, ações de intervenção sobre o ordenamento territorial a partir da década de  1970, mesmo que tardias, obtiveram impacto positivo no controle da expansão das áreas  de risco de desastres, possibilitando uma análise crítica de suas potencialidades e fraquezas.

Publicado
2018-12-03
Sección
Artículos