EVOLUCIÓN ESTRUCTURAL Y METAMÓRFICA DEL COMPLEJO GNEISSICO CERRO OLIVO, SURESTE DE URUGUAY.
Resumen
O Complexo Gnáissico Cerro Olivo constitui uma porção de embasamento de idade meso a paleoproterozóica, situada no Sudeste do Uruguay, à Leste da Zona de Cisalhamento de Sierra Ballena, e a Oeste da zona de falha Laguna de Rocha, que a separa da Formação Rocha. Esse complexo é composto por rochas de uma antiga bacia vulcano-sedimentar que foi afetada por três eventos metamórficos (pré-M1, M1 e M2) e vários eventos deformacionais (DI, D2, D3) desenvolvidas em sucessivas zonas de cisalhamento tangenciais e transcorrentes E-W de médio a alto grau metamór fico, afetadas pelas zonas de cisalhamento transcorrentes neoproterozóico - cambrianas NE-SW, de baixo grau. Nesse complexo metamórfico foi possível separar três suítes metamórficas, submetidas a pressões e temperaturas da transição entre os fácies anfibolito superior e granulito. A associação de rochas aflorantes indicou uma origem supracrustal predominante para o complexo metamórfico. Nessa associação duas unidades maiores foram reconhecidas: (i) uma suíte parametamórfica, definida como Suite Parametamórfica Chafalote (SPMCh), e (ii) uma suíte ortometamórfica metaluininosa, definida como Suíte Ortometamórfica Cerro Bori (SOMCB). Os dados coletados para estabelecer as condições de pressão e temperatura permitiram a determinação das assembléias minerais, e da química mineral, com estudos de termobarometria, para metapelitos e rochas máficas. As temperaturas obtidas para a assembléia mineral Crd+ Grt + Pl + Bt + Kfs + Qtz - Sil +- Hc, indicaram uma temperatura de 805°C e uma pressão de 4,3 kbar, para o metamorfismo M1, entanto que para as rochas máficas foram obtidas assembléias minerais para o metamorfismo pré-M1, eo metamorfismo M1. A assembléia mineral do metamorfismo pré-M1 Grt + Opx +Cpx + Pl +- Qtz +- Bt fornecendo uma temperatura de 733°C e uma pressão de 5,8 kbar. As coroas de ortopiroxênio sobre clinopiroxênio junto com a presença de granada são diagnósticas de descompressão isotérmica para o metamorfismo pré-M1. As zonas de cisalhamento tangenciais operantes no final do metamorfismo M, (alta temperatura), mostram feições típicas de reativação gerando zonas de cisalhamento transcorrentes e um retrabalhamento da trama Sb, por uma foliação milonítica Şm2. As zonas de cisalhamento transcorrentes predominantes e tangenciais secundárias de orientação NE SW afetam parcialmente ao registro dessas zonas de cisalhamento de grau médio a alto E - W, desenvolvendo novas tramas (Sm3). A partir dos dados coletados no CGCO, a seguinte história geológica pode ser deduzida: Uma seqüência sedimentar espessa foi depositada sobre um embasamento desconhecido. Essa seqüência era composta por pelitos, calcopelitos, arenitos, rochas carbonáticas e basaltos. As rochas da SPMCh foram respectivamente metamorfizadas em gnaisses pelíticos com granada e silimanita, gnaisses calciossilicatados, mármores impuros, anfibolitos e granulitos máficos com piroxênio. As condições de pressão e tempe ratura atingiram o fácies granulito, sendo o fácies anfibolito superior amplamente distribuído. A observação de contatos tectônicos entre diversos tipos de trama nos tectonitos dessa região permitiram estabelecer a idade relativa de algumas rochas e estruturas descritas. Três tipos sucessivos de apófises magmáticas precoces foram observadas, sendo contidas em tramas formadas em alta temperatura. As duas primeiras correspondem a diques félsicos, de magmas intrusivos leucocráticos. A última corresponde a pegmatitos com K-feldspato e quartzo azul, também afetados por intensa deformação dúctil de alta temperatura.